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Infografia da Denominação de Origem
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Açores
Clima
O clima é fortemente influenciado pelo anticiclone dos Açores (centro de ação que induz o clima da América do Norte, Europa e Norte de África), bem como pelas características topográficas e geológicas de cada ilha.
Assim sendo, o seu clima é carateristicamente marítimo, ou seja, temperaturas amenas, com pouca oscilação térmica, elevada pluviosidade e humidade relativa atmosférica (75%).
As temperaturas marítimas são influenciadas pela corrente do Golfo e são também amenas (média entre 14 e 22º C).
Geologia e solos
O arquipélago está situado numa zona geologicamente muito complexa, com características únicas em termos de geodinâmica da Terra. Três grandes placas litosféricas (euro-asiática, norte-americana e africana) convergem aqui.
Os seus solos são basálticos com diferentes texturas (areia, grandes áreas de lava seca ou pedra).
O famoso estratovulcão Monte Pico, com 2350 m, ergue-se sobre o oceano.
Viticultura
Normalmente, nos terrenos destinados à plantação de vinha, as pedras de lava são retiradas até se encontrar o solo para a introdução do porta-enxerto americano. Estas pedras são usadas para fazer muros para delimitar as parcelas, muros de pedra vulcânica ricos em nutrientes. Estes muros são chamados de currais, são tão únicos e especiais que na ilha do Pico foram classificados como Património Cultural pela UNESCO em 2004.
Estes currais servem também para abrigar as vinhas dos ventos salgados vindos do mar, criando assim um microclima (absorvendo o calor durante o dia e mantendo-o durante a noite).
Alguns produtores de vinho nos Açores:
- Quinta do Jardinete (São Miguel)
- Cooperativa da Graciosa
- Cooperativa dos Biscoitos (Terceira)
- Cooperativa do Pico
- Adega do Vulcão (Pico)
- Cerca dos Frades (Pico)
Czar, a história do vinho mais caro e menos conhecido dos Açores
Feito por uma única pessoa na ilha do Pico e com uma produção limitada a apenas 800 garrafas para as quais existe uma lista de espera todos os anos. Na ilha do Pico, uma pequena ilha açoriana perdida no Atlântico e guardada pelo vulcão que lhe dá o nome, produz-se um dos vinhos mais selectos do mundo. Trata-se de um vinho doce natural, com séculos de história e uma elaboração singular. Czar, nome dado em homenagem aos governantes do Império Russo que durante séculos enviaram navios à ilha do Pico para adquirir o seu tesouro de cor âmbar.
Produzido nas vinhas centenárias do Lajido da Criação Velha, Património Mundial da UNESCO, devido à extraordinária paisagem artificial em que se inserem, um exemplo notável da adaptação das práticas agrícolas ao ambiente remoto e desafiante desta ilha vulcânica dos Açores. É um vinho cujos aromas podem assemelhar-se aos vinhos generosos de xerez ou de porto, mas não tem qualquer tipo de adição de álcool. Ultrapassa naturalmente os 18 graus, o que surpreende os enólogos do mundo inteiro. Esta virtude deve-se às características peculiares da casta verdelho desta região, que cresce em solos vulcânicos. Com uma tradição de mais de 500 anos e uma produção de cerca de 860 garrafas a um preço de cerca de 500 euros, a lista de espera é longa.
Na Criação Velha são plantadas apenas três castas endémicas e quase esquecidas: verdelho, arinto dos Açores e terrantez do Pico. E são seguidas práticas agrícolas sustentáveis e tradicionais, cujas origens remontam ao século XV. O vulcão dita as regras, a única coisa que conta é manter intacto o património, a história, a integridade do Czar, o vinho dos czares.