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Infografia da região
Chipre
A ilha de Chipre está situada no Mar Mediterrâneo oriental e está dividida em dois Estados, a República de Chipre e a República Turca de Chipre (não reconhecida por muitos Estados). A distância até à costa sul da Turquia é de 70 km, até à costa leste de Rodes é de quase 400 km e até ao continente grego é de mais de 800 km.
HISTÓRIA DO VINHO
A viticultura na ilha remonta ao terceiro milénio a.C.. Segundo a mitologia, o deus grego do vinho, Dionísio, preferia os vinhos desta ilha para as suas festas. Afrodite, nascida da espuma, emergiu do mar no Rochedo Romano e desembarcou perto da península de Akamas. Os fenícios e os gregos estabeleceram a tradição dos vinhos doces na Antiguidade. Os mosaicos do chão da cidade portuária de Pafos testemunham esta cultura do vinho. As investigações mais recentes indicam que Chipre poderá ter sido o berço do vinho mediterrânico, quase 1500 anos antes de outras regiões como a Grécia, a Fenícia e Roma. Já Homero elogiava a qualidade dos vinhos cipriotas, doces como o mel.
Após a Terceira Cruzada, a ilha tornou-se propriedade da Ordem de São João em 1911, mais tarde da Ordem dos Templários e, após a sua dissolução em 1312, novamente dos Cavaleiros de São João. A ordem geria as chamadas encomiendas (propriedades com vinhas). O seu reduto era o castelo de Kolossi, chamado Grande Comandaria, Commanderie referia-se à fortaleza que se chamava Grande para a diferenciar das duas mais pequenas de Pafos (Fénix) e de Kyrenia (Templos), acabando esta zona por ser designada simplesmente por Commandaria. Quando os cavaleiros começaram a produzir grandes quantidades de vinho para exportar para as cortes reais da Europa e para abastecer os peregrinos a caminho da Terra Santa, o vinho doce Commandaria, produzido a partir das uvas mavro e xinisteri cultivadas no sopé dos Montes Troodos, recebeu o nome da região. Por conseguinte, tem a distinção de ser a mais antiga denominação de vinho ainda em produção.
Entre 1489 e 1571, Chipre pertenceu à República de Veneza. Diz-se que este vinho foi a razão pela qual o Sultão turco Solimão II conquistou a ilha. O domínio otomano, de 1571 a 1878, provocou o declínio da cultura do vinho devido à proibição do álcool. Sob o domínio britânico, de 1878 a 1960, registou-se uma nova ascensão. A Commandaria e vinhos semelhantes, anteriormente conhecidos por Cyprus Sherry, tornaram-se centros de exportação.